terça-feira, maio 6, 2025
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Financiamento, metas e combustíveis: veja três desafios que o governo Lula prevê nas negociações da COP30

por admin
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200 dias para a COP30: levantamento mostra obras que somam mais de 7 bilhões de reais

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Em entrevista publicada na página oficial da conferência, o próprio presidente da COP30 disse que a saída dos Estados Unidos do Acordo do Clima de Paris terá impacto nas negociações.

Assinado em 2015, o acordo prevê medidas que os países devem adotar para tentar conter o aquecimento global e, como os Estados Unidos são a maior economia do mundo e o segundo maior emissor de gases do efeito estufa, especialistas vêm dizendo que o movimento do governo Donald Trump pode influenciar outros países, prejudicando o combate às mudanças climáticas.

A cerca de sete meses da COP30, integrantes do governo já apresentaram alguns desafios que o país terá nas negociações, entre os quais:

  • Metas climáticas dos países;
  • Financiamento climático;
  • Combustíveis fósseis.

André Correa do Lago, presidente da COP 30 — Foto: Matheus Campos/Amcham

Metas climáticas dos países

Até o momento, somente 19 dos 195 países que estão no Acordo do Clima de Paris apresentaram as metas climáticas (NDCs, na sigla em inglês), o que representa cerca de 10% do total.

  • 🔎As NDCs são consideradas o principal instrumento do Acordo de Paris para que os países se comprometam com a redução das emissões e ações de combate às mudanças do clima. Essas metas são estabelecidas pelos próprios países como forma de reduzir as emissões de gases do efeito estufa para evitar que o planeta aumente a temperatura em mais de 1,5 grau.

As metas a serem cumpridas até 2035 deveriam ter sido apresentadas às Nações Unidas em fevereiro deste ano. Porém, com a baixa adesão dos países, o prazo foi estendido até setembro.

Sem as NDCs, dizem especialistas, não é possível medir o progresso climático e comparar os esforços de países ricos e dos países em desenvolvimento. Elas são apresentadas a cada 5 anos e, durante as COPs, os países fazem revisões e negociações com base nas NDCs.

“Precisamos de caminhos para os próximos dez anos. As NDCs apresentadas precisam estar alinhadas. Até agora, só 9% dos países apresentaram, 75% estão comprometidos em apresentar até setembro e outros estão em processo de considerar para 2026. Outros sequer têm NDCs. Por isso, é muito importante o financiamento”, afirmou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, nesta sexta-feira (25).

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva — Foto: João Risi/SEAUD/PR

Financiamento climático

Um estudo apresentado na COP29, em Baku (Azerbaijão), estima ser necessário obter US$ 1,3 trilhão até 2035 para o financiamento de ações de combate às mudanças climáticas, além de ações de prevenção e mitigação.

Além disso, países em desenvolvimento alegam não ter condições de arcar com os custos e cobram, a exemplo do presidente Lula, que os países mais ricos contribuam com uma parcela maior, também por – historicamente – terem sido os maiores poluidores.

Nesse contexto, o negociador-chefe do Brasil no Brics (que reúne países como China, Rússia, Índia e África do Sul), Maurício Lyrio, tem defendido que o grupo feche uma posição conjunta a ser levada para a COP30.

O Brasil entende que, se o Brics chegar a um consenso sobre o financiamento climático, pode ter mais chance de aprovar uma proposta na conferência de novembro. Os chefes de Estado do Brics se reunirão em julho, no Rio de Janeiro.

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Combustíveis fósseis

Outro ponto abordado pelo governo Lula como desafio é a dependência dos países pelos combustíveis fósseis.

“No caso dos combustíveis fósseis, fonte de cerca de 75% das emissões globais de gases de efeito estufa, é inadiável desenvolvermos um plano internacional que nos leve de maneira justa e ordenada para o fim da dependência que o mundo ainda tem dessa fonte de geração de energia. Um plano que considere as diferenças entre os países, suas necessidades e dificuldades e que seja justo para todos”, afirmou Marina.

A COP 28, nos Emirados Árabes, decidiu em 2023 que os países devem fazer a transição dos combustíveis fósseis para fontes de energia mais limpa até 2050. Apesar de ser sido considerado um avanço histórico, o texto aprovado por 195 países não estabeleceu mecanismos de como estruturar a transição.

Na COP seguinte em Baku, não houve avanço sobre este tema. O governo brasileiro entende que o tema deve ser debatido na conferência em novembro.

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