O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, convocou uma reunião da Autoridade de Comando Nacional para este sábado (10), informou o exército, após Islamabad lançar uma operação militar contra a Índia e atingir diversas bases.
A autoridade é o órgão máximo de civis e militares que toma decisões de segurança, incluindo aquelas relacionadas ao arsenal nuclear do país.
As tensões entre os vizinhos com armas nucleares aumentaram esta semana, quando ambos se acusaram mutuamente de violar o espaço aéreo enviando drones e outras munições, matando pelo menos 48 pessoas.
Escalada no conflito
O exército paquistanês iniciou sua retaliação contra a “agressão indiana”, anunciou a TV estatal paquistanesa neste sábado (10), no horário local.
O anúncio foi feito logo após o Paquistão afirmar que a Índia havia atacado várias de suas bases aéreas militares.
O exército paquistanês informou ter iniciado a “Operação Bunyanun Marsoos”, em retaliação à “agressão indiana”.
“Paquistão responde!!”, dizia o comunicado. A operação recebeu o nome de um versículo do Alcorão que significa “muro inquebrável”.
“O depósito de Brahmos foi destruído na área de Bias”, informou o exército na manhã deste sábado, horário local, acrescentando que ataques em vários outros locais estão em andamento.
O BrahMos é um míssil de cruzeiro supersônico de longo alcance. O Paquistão também informou que atingiu o campo aéreo indiano de Pathankot e a Estação Aérea de Udhampur.
O exército paquistanês afirmou que, em uma retaliação “olho por olho”, atacou as bases aéreas indianas que foram usadas para lançar mísseis contra o Paquistão.
A CNN não pode verificar de forma independente a alegação do Paquistão sobre os ataques da Índia. A CNN entrou em contato com o Ministério da Defesa da Índia e a Força Aérea Indiana para obter uma resposta.
Entenda as tensões entre Índia e Paquistão
A Índia lançou a “Operação Sindoor” na quarta-feira (7) — noite de terça-feira (6), no horário de Brasília — e atingiu “infraestrutura terrorista” tanto no Paquistão quanto na região da Caxemira administrada pelo Paquistão.
Essa é uma grande escalada, que leva as duas nações vizinhas, que possuem armas nucleares, à beira de uma guerra total.
O Paquistão diz ter abatido cinco jatos da Força Aérea Indiana e um drone. A Índia não confirmou essas perdas.
Fontes paquistanesas disseram que três dos cinco aviões abatidos eram caças Rafale — ativos valiosos da Força Aérea Indiana adquiridos de um fabricante francês.
A ofensiva indiana ocorre após homens armados matarem 26 pessoas, a maioria turistas, na Caxemira controlada pela Índia em abril. A Índia acusou o Paquistão de envolvimento, algo que o governo paquistanês nega.
A Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, de maioria muçulmana, controlam partes da Caxemira, mas a reivindicam integralmente e já travaram três guerras pelo território.
Com informações da CNN Internacional.