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Passageiros relataram que, ao se aproximarem da capital paraense, por volta das 16h, a visibilidade estava tão baixa que foi possível ver apenas nuvens escuras pela janela do avião. O pouso teve atraso de cerca de 15 minutos, mas, segundo a Norte da Amazônia Airports (NOA), concessionária que administra o aeroporto, não houve impacto significativo na operação dos voos.
A companhia aérea Azul também informou que nenhum voo foi afetado pela chuva nesta segunda-feira. As duas aeronaves vindas de Santarém (AD4455 e AD2491) pousaram conforme o cronograma previsto.
Alagamentos e transtornos
Já nas ruas da capital, a situação foi mais complicada. O temporal deixou trechos completamente alagados, principalmente nas regiões centrais da cidade.
Entre os pontos mais afetados estão:
- Travessa Rui Barbosa com Rua dos Pariquis, no bairro Batista Campos, onde casas chegaram a ser invadidas pela água;
- Rua dos Mundurucus com Avenida Alcindo Cacela, no bairro da Cremação;
- Avenida Conselheiro Furtado com 14 de Março, próximo ao centro de Belém.
Com o alagamento repentino, motoristas ficaram ilhados e muitos desistiram de seguir caminho. Mesmo durante o dia, era necessário dirigir com os faróis acesos e atenção redobrada por conta da baixa visibilidade e da pista escorregadia.
Por que chove tanto?
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno é comum neste período. Maio marca a transição entre a estação mais chuvosa e a menos chuvosa do ano na região Norte. A previsão é de que as pancadas de chuva no período da tarde continuem até o início de junho.
A média histórica de chuvas em maio na capital paraense é de 323,6 milímetros. Esse índice deve cair gradualmente para 205,8 mm em junho e cerca de 150 mm em julho, segundo o Inmet. A formação de grandes nuvens nesta época é intensificada por fatores naturais, típicos da dinâmica climática da Amazônia.
Em nota, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel), informou que está em andamento desde janeiro uma operação de limpeza e dragagem dos canais da cidade, incluindo os igarapés do Tucunduba, São Joaquim e seus afluentes. A medida busca reduzir os impactos das chuvas e minimizar os alagamentos.
A gestão municipal reconhece, no entanto, que são necessárias ações estruturais mais amplas, e prometeu a realização de novas obras ao longo da atual administração para melhorar o escoamento das águas pluviais.
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