Os líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), que não estão presos, também estão escondidos na Bolívia, onde o traficante Tuta foi preso na última sexta-feira (16).
A informação é do promotor do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco), Lincoln Gakiya. Em entrevista à CNN, o promotor compartilhou quem são os chefes da facção criminosa que ainda estão nas ruas.
Veja quem são eles:
- André de Oliveira Macedo, o André do Rap;
- Patrick Uelinton Salomão, o Forjado;
- Pedro Luiz da Silva Soares, o Chacal;
- Sérgio Luiz de Freitas Filho, o Mijão.
O promotor do Gaeco explicou que Forjado e Chacal estão na Bolívia, mas não possuem mandado de prisão em aberto, sendo egressos do sistema prisional. Já André do Rap e “Mijão” possuem e são considerados foragidos.
Os criminosos são considerados substitutos de Tuta, apontado como o número 1 do PCC nas ruas, preso na última sexta-feira (16) pela Polícia Federal em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.
Marcos Roberto de Almeida estava foragido há cinco anos e foi preso quando tentava renovar sua documentação utilizando um documento brasileiro falso. Após a prisão, ele foi transferido ao Brasil e alocado na Penitenciária Federal em Brasília, mesma unidade onde está Marcola.
Entenda como Tuta usou mentiras para se esconder na Bolívia e comandar tráfico do PCC
Quem é Andre do Rap
André Oliveira Macedo é acusado de vários crimes ligados ao tráfico internacional de drogas, como o envio de cocaína à Europa pelo porto de Santos. André também é apontado como um dos chefes do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa com operações dentro e fora de presídios.
Ele foi condenado duas vezes em segunda instância por tráfico internacional de drogas, e teve prisão preventiva expedida em 2014. Ficou foragido por cinco anos, até ser preso em setembro de 2019 em um condomínio de luxo em Angra dos Reis.
Macedo já foi sentenciado a 15 anos e seis meses de detenção, mas não há trânsito em julgado — ou seja, o acusado ainda pode recorrer. A libertação do traficante levantou novamente o debate sobre a prisão em segunda instância.