O servidor vai responder por concussão em continuidade delitiva, quando um funcionário público usa o cargo para conseguir vantagens, inclusive financeiras, várias vezes. A prisão ocorreu na quinta-feira (22) e foi decretada após a verificação de áudios e comprovantes de transferências bancárias.
Segundo a PC, as investigações começaram quando o servidor foi apresentado à delegacia depois de agredir o irmão de uma das vítimas, que exigia a devolução de valores extorquidos no mês anterior. Na ocasião, foi emitido um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por lesão corporal dolosa.
O delegado responsável pelo caso, Felipe Mendona, detalhou que, ao longo do mês de abril, o conselheiro utilizou o cargo para exigir quantias elevadas da vítima, sob a ameaça de criar falsas acusações e interferir em investigações e ações penais inexistentes.
“As exigências foram feitas por meio de ligações e mensagens de texto e áudio no WhatsApp. A vítima chegou a transferir R$ 10 mil, valor confirmado por comprovante bancário, áudios e depoimentos”, explicou o delegado.
Com base nas provas, foi representada a prisão preventiva, que foi deferida pela Justiça com parecer favorável do Ministério Público do Pará (MPPA). O mandado foi cumprido durante a operação “Muralha Estadual”, que resultou ainda na prisão de outros quatro investigados por diferentes crimes em Muaná.
Após a prisão, de acordo com a polícia, mais três pessoas procuraram a delegacia relatando terem sido vítimas do mesmo tipo de crime praticado pelo conselheiro. A PC segue com as investigações e orienta outras possíveis vítimas a procurarem a unidade policial.
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