sexta-feira, maio 9, 2025
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Fóssil interestelar: entenda por que o Meteorito Santa Filomena é tão importante para a ciência

por admin
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Parece uma pedra comum, mas os 2,8 quilos têm mais história do que qualquer outra coisa na Terra. Até fósseis de dinossauro 🦕 são “bebês” 👶 perto dessa rocha, na escala astronômica.

Isso porque o Santa Filomena tem 4,56 bilhões de anos! ⌛

O Santa Filomena é formado por poeira que, aglomerada, sofreu derretimento devido às altas temperaturas próximas à estrela que se formava. Entretanto, alguns grãos se mantiveram intactos e foram incorporados em meteoritos. Esses grãos trazem informações sobre as estrelas que morreram antes do nosso Sol 🌞.

Então, tocar no Santa Filomena é tocar no passado!

Role a página e desbrave esse fóssil interestelar:

De onde veio?

📍 Por falar em vizinhos, o meteorito que caiu em Pernambuco veio de bem longe: numa região entre os planetas Marte e Júpiter, chamado de Cinturão de Asteroides.

Essa pedrinha anciã estava no telhado de uma casa. Quem achou foi uma senhora, moradora da cidade. As pesquisadoras Elizabeth Zucolotto e Amanda Tosi foram as primeiras a chegar na cidade e adquirir o pedaço para o acervo do Museu Nacional.

Escrito nas estrelas

O Santa Filomena conta histórias por dentro e por fora.

A análise mineralógica da pedra não só comprova a idade. O laboratório descobriu no meteorito um componente que nem existe na Terra! É a troilita, literalmente um material extraterrestre. 👽

Do lado de fora, uma aula de astronomia: o Santa Filomena tem todos os traços de um corpo que caiu do céu — a 54.000 km/h! 🚀

  • Uma crosta escurecida, causada pela “queimadura” no atrito com a atmosfera.
  • Regmaglitos, marcas que parecem feitas com dedos, mas que são microerosões.
  • Linhas de fluxo, também cicatrizes da entrada na Terra, mas nas laterais da rocha — como se a incandescência fluísse por canaizinhos.
  • E uma “fratura exposta”, que prova que o interior é claro como o de uma pedra terrestre, possivelmente resultado do choque no telhado — mas não forte o suficiente para rompê-lo.

Luta contra as intempéries

Não à toa uma pedra é confundida com um meteorito: “São os menteoritos”, brinca Maria Elizabeth Zucolotto, do time Meteorísticas, que localizou, estudou e agora apresentou o Santa Filomena.

Elizabeth explica que “99% dos supostos meteoritos não são”. Aí a gente criou o termo menteorito. No inglês existem os meteowrongs, ante os meteorites, ou ‘meteorights’.

Exatamente porque é tão difícil achar um objeto que não seja um menteorito, Amanda Tosi explica que todo o tempo é pouco.

“Um dos fatores mais importantes quando um meteorito cai é a gente ir em busca logo em seguida”, disse.

“Esse fragmento está ‘fresco’, não vai sofrer com as intempéries, como chuva, a erosão. Tanto que o meteorito rochoso, quando ele cai e ninguém recupera, fica meses ou anos e acaba parecendo muito uma rocha terrestre”, explicou.

Um meteorito fará parte da nova coleção do Museu Nacional

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