O Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), diz que a adesão foi considerada “forte”. No entanto, não divulgou números.
Conforme o governo, 59% das unidades funcionaram parcialmente, com uma média de 15% a 20% dos profissionais paralisados. Alguns pais disseram estar preocupados com a situação escolar dos filhos (veja vídeo abaixo).
Apesar da decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) que determinou a suspensão imediata da greve, autorizou o corte de ponto dos grevistas e fixou uma multa diária de R$ 1 milhão , o Sindicato dos Professores manteve a paralisação.
A Justiça também indeferiu o recurso do sindicato para impedir o corte do ponto. Ao g1, diretor do Sinpro, Samuel Fernandes, disse que paralisação “só irá terminar por uma decisão em assembleia da categoria”.
“O governo, que não investe na educação e não valoriza os professores, criminaliza a greve que é um direito constitucional”, diz o diretor.
Secretaria pede reposição de aulas
Pais falam sobre a greve dos professores no Distrito Federal.
Em nota, a Secretaria de Educação do DF informou que a paralisação “afeta mais de 450 mil estudantes da rede pública e compromete o calendário letivo”.
A pasta reforça que os professores terão que repor os dias parados, “o que poderá afetar o recesso de julho e a organização pessoal e profissional de toda a categoria”.
Segundo o governo, a reorganização do calendário escolar poderá incluir ajustes no recesso e em outras datas, com o objetivo de garantir o cumprimento integral da carga horária mínima anual.
Reestruturação da carreira e aumento salarial
Entre as reivindicações dos professores está a reestruturação da carreira, com o objetivo de aumentar o salário base da categoria. Segundo o Sinpro-DF, a proposta é dobrar o vencimento-base.
“Nós estamos tentando a negociação com o governo desde o início do ano, tivemos algumas reuniões. Antes da assembleia, o governo simplesmente encerrou o processo de negociação, não há nenhuma negociação”, disse Cleber Soares, membro da Comissão de Negociação do Sinpro.
Os profissionais também pedem:
- A possibilidade de professores contratados temporariamente, quando efetivados, utilizarem o tempo de serviço para enquadramento nos padrões (etapas a serem cumpridas para obter aumento salarial);
- Ampliação do percentual de aumento a cada mudança do padrão;
- Valorização da progressão horizontal (especialização, mestrado e doutorado) a partir da ampliação dos percentuais de aumento salarial.
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