De partida, diante do desconhecimento geral, o nome que tem mais visibilidade é o do italiano Pietro Parolin, ex-secretário de Estado do Vaticano.
Pietro Parolin é um dos cardeais cotados para suceder o papa Francisco — Foto: Yara Nardi/Reuters
No entanto, dentro do colegiado de cardeais, a avaliação é de que, embora conte como um ponto a favor de Parolin o fato de ele ter uma carreira ampla na diplomacia, pesa contra o italiano a percepção de que ele não tem o mesmo carisma do papa Francisco.
Parolin nunca esteve à frente de uma diocese, portanto, não tem uma experiência pastoral, apesar da vasta carreira diplomática.
Em outra frente, cardeais italianos estão tentando viabilizar a candidatura de Pierbattista Pizzaballa, que é o patriarca latino de Jerusalém e que tem uma atuação importante no diálogo inter-religioso, justamente pela atuação em áreas conflagradas.
Já alguns franceses e representantes de outros países da Europa tentam fortalecer o nome de Jean-Marc Aveline, que é um cardeal de Marselha, na França. Trata-se de um prelado de uma linha de atuação próxima à do papa Francisco, sobretudo, na questão do acolhimento a imigrantes.
Nos últimos dias, surgiu com força uma articulação em torno do nome de Robert Francis Prevost, que era o prefeito do Dicastério para os Bispos na gestão Francisco.
Óscar Rodríguez Maradiaga, um influente cardeal de Honduras, passou a defender o nome de Prevost, durante as cerimônias fúnebres do papa Francisco.
Pesa contra o nome de Prevost o fato de ele ser norte-americano – mesmo tendo sido bispo de uma diocese no interior do Peru – porque muitos cardeais resistem à ideia de um pontífice oriundo dos Estados Unidos.
“O Prevost, mesmo sendo americano, tem todas as qualidades do papa Francisco”, disse um influente prelado ao blog.
“Tudo está em aberto. O que vai definir o conclave será o primeiro escrutínio, quando os nomes papáveis estarão mais explicitados”, completou esse cardeal.