Juiz é afastado durante operação da PF que investiga venda de sentenças em MT e no STJ

Policiais federais cumprem, nesta quinta-feira (29), três mandados de busca e apreensão e outras ordens judiciais em Mato Grosso. Os mandados compõem a oitava fase da Operação Sisamnes, que investiga a relação de crimes de corrupção judiciária e lavagem de dinheiro.

As investigações identificaram um esquema de corrupção envolvendo lavagem de dinheiro, criado para disfarçar pagamentos milionários de propinas em troca de decisões judiciais favoráveis, dadas por um magistrado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão em Mato Grosso e o magistrado foi afastado do cargo, teve seus bens e valores bloqueados, totalizando cerca de R$ 30 milhões.

O passaporte dele também foi recolhido como parte das ações da operação.

Entenda o caso

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As equipes de socorro médico foram até o local, mas a vítima não resistiu aos ferimentos. O suspeito chegou a ficar cerca de uma hora aguardando a vítima sair do local.

Saiba quem são os suspeitos

Infográfico – Investigação revelou grupo de extermínio e esquema de vendas de sentença. — Foto: Arte/g1

Confira abaixo os nomes dos envolvidos na morte do advogado, de acordo com a Polícia Civil:

  • Aníbal Manoel Laurindo (mandante);
  • Coronel Luiz Caçadini (financiador);
  • Antônio Gomes da Silva (atirador);
  • Hedilerson Barbosa (intermediador, auxiliar do atirador e dono da pistola 9mm usada no assassinato);
  • Gilberto Louzada da Silva (ainda não se sabe a função dele no grupo)

Segundo a Polícia Civil, eles deverão responder por homicídio duplamente qualificado pela traição, por emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.

Ainda de acordo com a polícia, outro agravante do crime foi o fato de ter sido praticado mediante pagamento ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe.

Da direita para à esquerda: Aníbal Manoel Laurindo, Coronel Luiz Caçadini, Antônio Gomes da Silva e Hedilerson Barbosa — Foto: Reprodução

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