Mães de crianças atípicas de Parauapebas, no sudeste do Pará, têm enfrentado uma rotina difícil para manter o tratamento dos filhos. Segundo elas, o único transporte adaptado da cidade está quebrado há cerca de um mês, o que tem prejudicado a evolução das crianças.
Christopher, de 8 anos, desenvolveu microcefalia e paralisia cerebral. Ele precisa manter em dia a agenda de visita aos médicos, mas as sessões de fisioterapia precisaram ser interrompidas. O problema atrasa o tratamento.
A dona de casa Irene Lima, mãe do Victor de 11 anos de idade, enfrenta o mesmo problema. O garoto tem limitação motora em decorrência da meningite, e também teve que parar o tratamento.
Sem resposta do poder público municipal, as mães resolveram cobrar da secretaria responsável. A dona de casa Santa Nascimento convocou as mães de Christopher e Victor, compartilhando a angústia que motivou o ato.
A manifestação teve cartazes pedindo a garantia de transporte adequado e acessível para as crianças. Segundo as mães, o problema tem sido a barreira para o acesso das crianças à fisioterapia – tratamento fundamental para o progresso físico e emocional dos pacientes.
Enquanto a situação não é resolvida, as famílias são obrigadas a procurar alternativas, mas muitas vezes, sem sucesso, já que a maioria dos serviços de transporte não oferece acessibilidade para crianças com mobilidade reduzida.
A reportagem solicitou nota da Prefeitura de Parauapebas, responsável pelo transporte oferecido aos pacientes, mas ainda não havia obtido resposta até o fim da manhã deste sábado (10).