Em oito dias, os agentes federais destruíram acampamentos de garimpos ilegais, combustível e maquinário utilizado para o crime ambiental. Munições, mercúrio, ouro e celulares foram apreendidos.
O operação foi deflagada no último dia 2 de maio, com intuito de combater o garimpo ilegal e retirar ocupações não autorizadas no território do povo indígena Mebêngôkre. Segundo o Governo Federal, 274 hectares de floresta nativa já foram destruídos pelo garimpo ilegal – o equivalente a 253 campos de futebol.
Na região, o garimpo ilegal, próximo aos rios Fresco e Branco que banham a terra indígena, deixa segundo a PF as águas barrentas e contaminadas com mercúrio, substância altamente tóxica e muito utilizada no processo de separação do ouro de outros metais.
Até o fim da operação, as ações continuarão em duas frentes. A primeira delas é a desocupação com a retirada dos invasores e combate a garimpos ilegais; e a segunda é a identificação dos responsáveis pelas atividades ilícitas no interior da TI para a aplicação das medidas legais cabíveis.
A TI abriga dois povos da etnia Kayapó, incluindo indígenas isolados no rio Fresco.
Operação de desintrusão destrói maquinários do garimpo ilegal dentro da TI Kayapó, no Pará. — Foto: Thiago Dias: SECOM/PR
A ação federal de retirada de invasores é coordenada pela Casa Civil da Presidência da República, envolvendo os seguintes órgãos do Governo Federal, além da PF:
A operação cumpre determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 709.
Veja mais fotos da operação de desintrusão na TI Kayapó:
Garimpo ilegal na TI Kayapó, no Pará. — Foto: Thiago Dias: SECOM/PR
Rio é contaminado pelo garimpo ilegal na TI Kayapó, no Pará. — Foto: Thiago Dias: SECOM/PR
Operação faz retirada de pessoas não autorizadas na TI Kayapó, no Pará. — Foto: Thiago Dias: SECOM/PR
Operação de desintrusão na TI Kayapó, no Pará. — Foto: Thiago Dias: SECOM/PR
Operação de desintrusão na TI Kayapó, no Pará. — Foto: Thiago Dias: SECOM/PR
Operação de desintrusão na TI Kayapó, no Pará. — Foto: Thiago Dias: SECOM/PR