O grupo militante Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) anunciou na segunda-feira (12) que decidiu se dissolver, segundo a mídia próxima ao grupo separatista, em um movimento histórico após décadas de conflito com a Turquia, que matou dezenas de milhares de pessoas.
“O 12º Congresso do PKK decidiu dissolver a estrutura organizacional do PKK e pôr fim ao método de luta armada”, afirmou o grupo em um comunicado, segundo a agência de notícias pró-curda Firat News Agency.
A decisão deverá ter consequências políticas e de segurança de longo alcance para a região, incluindo na vizinha Síria, onde as forças curdas são aliadas às forças americanas.
A agência de notícias Firat publicou o que disse ser a declaração de encerramento de um congresso que o PKK realizou na semana passada no norte do Iraque, em resposta a um apelo feito em fevereiro por seu líder preso, Abdullah Ocalan, para sua dissolução.
O gabinete do presidente turco, Tayyip Erdogan, e o Ministério das Relações Exteriores não comentaram imediatamente o anúncio.
Por quase cinco décadas, a Turquia esteve em guerra com o PKK, fundado por Ocalan em 1978. Grande parte dos combates se concentrou no desejo do grupo de estabelecer um estado curdo independente no sudeste do país. Mas, nos últimos anos, o grupo tem reivindicado mais autonomia dentro da Turquia.
Mais de 40 mil pessoas foram mortas no conflito desde que o PKK lançou sua insurgência em 1984. Ele é considerado um grupo terrorista pela Turquia e seus aliados ocidentais.
