terça-feira, maio 20, 2025
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PCC na Bolívia: entenda relação entre organização criminosa e país vizinho

por robertosouza
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A prisão de Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, confirmou a suspeita de autoridades brasileiras sobre a presença estratégica do Primeiro Comando da Capital (PCC) no país vizinho.

Apontado como líder da facção fora das cadeias e substituto de Marcola, Tuta estava foragido desde 2021. A localização de Tuta, e a crença de investigadores de que ele não é um caso isolado, lançam luz sobre os motivos que levam o PCC a estabelecer o que tem sido chamado de “embaixada do crime” na Bolívia.

O que sabemos sobre a prisão de Tuta, substituto de Marcola no PCC

País refúgio para foragidos

Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, usava a Bolívia como refúgio. O promotor Lincoln Gakiya, que investiga o PCC, afirmou que as fragilidades do país permitem a permanência de Tuta e de outros líderes da facção na região.

Investigadores da Polícia Federal acreditam, com base em apurações, que mais foragidos do PCC estão na Bolívia, que se tornou destino de vários criminosos brasileiros procurados pela justiça.

Veja também: PF acredita que mais foragidos do PCC estão na Bolívia

Conluio e corrupção de autoridades locais

Fontes envolvidas nas investigações disseram à CNN que a escolha da Bolívia para o “escritório remoto” do PCC se baseia na capacidade de corrupção dos policiais locais. Essa corrupção permitiria que as atividades ilegais da facção ocorressem sem “incomodar” os traficantes brasileiros. O promotor Lincoln Gakiya explicou que líderes foragidos vivem tranquilamente na Bolívia com documentos falsos, normalmente contando com o conluio das autoridades bolivianas.

Relembre: como fake news ajudou Tuta a se esconder na Bolívia e comandar PCC

Base estratégica para o tráfico e operações financeiras

A “embaixada do crime”, que se concentra principalmente em Santa Cruz de la Sierra, é o local de onde os chefes do tráfico dariam ordens para o avanço do crime no Brasil. Tuta, especificamente, estava operando o núcleo financeiro da facção e comandando o tráfico de drogas direto da Bolívia. Investigações o apontam como um dos principais articuladores de um esquema internacional de lavagem de dinheiro vinculado ao PCC, sendo responsável por movimentar cerca de R$ 1 bilhão para a organização entre 2018 e 2019.

Elo crucial na logística do crime organizado transnacional

Para a Polícia Federal, a Bolívia se tornou um elo importante da cadeia logística do crime organizado transnacional. A concentração de foragidos em Santa Cruz de la Sierra, primeira cidade após a fronteira brasileira, reforça a importância estratégica do país para as operações internacionais do PCC.

Facilidade na obtenção e uso de documentos falsos

A capacidade de operar com documentos falsos é um facilitador essencial para a permanência dos líderes do PCC na Bolívia. A prisão de Tuta ocorreu justamente quando ele compareceu a uma unidade policial boliviana para tratar de questões migratórias, apresentando um documento falso brasileiro. Ele já havia conseguido documentos bolivianos utilizando uma identidade brasileira falsa. O uso da base biométrica pela Polícia Federal brasileira foi fundamental para confirmar sua verdadeira identidade e possibilitar sua detenção por uso de documentos falsos.

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