quinta-feira, maio 15, 2025
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PF mira quadrilha que mandava droga para a Europa em contêineres

por admin
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Cem agentes da Polícia Federal deflagraram, no fim da madrugada desta segunda-feira (9), a Operação Antigoon, que mira o tráfico internacional de drogas. O alvo é quadrilha especializada no envio de cocaína para a Europa, África e Oriente Médio através de contêineres transportados em navios comerciais de carga.

São 15 mandados de prisão e seis de busca e apreensão. Entre os alvos estão dois empresários com total conhecimento de exportação de mercadorias, despachantes aduaneiros, funcionários de terminais portuários, motoristas e agentes marítimos. Os líderes da organização ostentavam estilo de vida de alto padrão, com residências em áreas nobres do Rio e São Paulo.

Às 11h, 12 pessoas já tinham sido presas. Os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, por tráfico transnacional de drogas e associação para o tráfico cujas penas podem chegar a 25 anos de reclusão.

R$ 1 bilhão em remessas apreendidas

As investigações duraram um ano, em trabalho realizado em conjunto com a Receita Federal. No período foram apreendidas cerca de quatro toneladas de cocaína nos portos do Rio, Vitória (ES), Santos (SP), Salvador (BA) e Suape (PE). Um dos flagrantes foi em março, no Porto do Rio.

O valor das apreensões feitas recentemente pela Polícia Federal ultrapassou a casa dos 160 milhões de euros. O material, já com o valor final de revenda, chegaria a 1 bilhão de reais.

Na Europa, este mercado movimenta quase 6 milhões de euros por ano, de acordo com o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (EMCDDA), e segundo as investigações, os traficantes brasileiros operam em conjunto com organizações criminosas internacionais.

Em ação controlada, os agentes seguiram a carga e retiveram drogas nos portos de Antuérpia, na Bélgica; Gioia Tauro, na Itália; e Valência, na Espanha.

Em março, operação conjunta apreendeu uma tonelada de cocaína no Porto do Rio — Foto: Reprodução/TV Globo

Ação especializada

Cartéis controladores da produção de cocaína fornecem a droga, que é enviada para organizações criminosas radicadas na Europa, Ásia e África, como as máfias italiana, russa e albanesa.

Mapa mostra a rota da cocaína via Porto do Rio — Foto: Infográfico: Cláudia Peixoto

Investigadores descobriram que a quadrilha não só tinha contato internacional, como também adquiriu ampla experiência de importação e exportação. Havia logística própria e conhecimento fiscal e financeiro para operar através de empresas brasileiras e de fora do país.

O bando escolhia um contêiner cuja carga original chamasse pouca atenção dos fiscais, como de materiais de construção. O dono do contêiner e o contratante da remessa nada sabiam. O lacre original era arrombado e substituído por até três semelhantes, de modo a rastrear a transação.

Antigoon é uma referência a uma lenda sobre a origem do nome da cidade de Antuérpia, na Bélgica, principal destino da droga na Europa. Segundo a lenda, um gigante chamado Antigoon cobrava valores de quem atravessasse o Rio Escalda e cortava uma das mãos daqueles que se recusassem a pagar. Antigoon foi morto por um jovem chamado Brabo, que cortou a mão do próprio gigante e atirou-a ao rio. Daí o nome Antwerpen; do holandês hand (mão) e wearpan (arremessar).

Informações sobre a quadrilha podem ser repassadas de forma anônima pela Ouvidoria da Polícia Federal ou presencial, na Superintendência Regional do RJ, na Avenida Rodrigues Alves 1, Saúde (2203-4000).

Na apreensão de março, cães farejadores ajudaram a localizar a droga — Foto: Divulgação/Polícia Civil

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