Quaest: parcela dos brasileiros que consideram que a economia piorou cai para 48%

Entre os demais entrevistados, 18% responderam que a economia melhorou (eram 16% em abril). Outros 30% consideram que as contas ficaram do mesmo jeito (eram 26%).

A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre os dias 29 de maio e 1º de junho. Foram entrevistadas 2.004 pessoas de 16 anos ou mais em todo o Brasil.

O movimento ocorre ao mesmo tempo em que há queda na fatia de entrevistados que dizem ter notado aumento nos preços:

  • 79% acham que o preço dos alimentos aumentou no último mês; em abril, eram 88%;
  • 54% acham que os combustíveis subiram; eram 70%;
  • 60% acham que a conta de luz subiu; eram 65%;
  • 30% têm expectativa de que a economia vai piorar em 12 meses, eram 34%.

A maioria dos brasileiros, no entanto, ainda considera que o poder de compra é menor do que há um ano: 79% (eram 81% em abril). Outros 9% consideram que ele está igual (eram 9%), já 10% veem o poder de compra maior (eram 9%).

“A percepção de desaceleração da inflação de alimentos também contribuiu para uma avaliação mais favorável da economia […] A reversão na percepção de alta dos preços da gasolina também contribuiu para a melhora, ainda que marginal, na percepção geral sobre a economia”, diz Felipe Nunes, diretor da Quaest.

A pesquisa também mostrou os níveis de aprovação e desaprovação do governo. A desaprovação de Lula, (PT) chegou a 57% entre entrevistados. Já a aprovação é de 40%. Pela 1ª vez, católicos desaprovam o governo mais do que aprovam e há empate entre os que têm até o ensino fundamental. No Nordeste, aprovação voltou a ser maior que a reprovação.

Qualidade de vida

Também houve uma melhora na percepção sobre a qualidade de vida das família: 35% acham que piorou, empate técnico com os 33% que acham que melhorou.

Em abril, mais brasileiros achavam que a qualidade de vida da suas famílias havia piorado (39% frente a 30% dos que viam melhora).

A percepção de melhora é maior entre quem recebe mais de 5 salários mínimos, com 37%, enquanto 32% deste público consideram que a qualidade de vida da família piorou. Já 31% veem a situação igual.

O recuo na percepção de piora entre quem ganha de 2 a 5 salários mínimos foi de 3 pontos: de 37%, em abril, para 34%.

Este público registrou alta de 4% no indicador “melhora” na qualidade de vida, que foi de 29% para 33%. Outros 32% entendem que a situação ficou igual (mesmo patamar da pesquisa anterior).

Já o público que ganha até 2 salários mínimos manteve os mesmos 30% de percepção que a situação “melhorou”. Oscilaram a sensação de que “piorou” (de 39% para 38%) e que “ficou igual” (de 29% para 30%).

Emprego

A maior parte dos brasileiros, 55%, consideram que está mais difícil conseguir um emprego agora do que um ano atrás (eram 53% em abril).

Aqueles que consideram estar mais fácil encontrar uma nova ocupação representam 35% dos entrevistados, mesmo resultado da pesquisa anterior. Já 4% veem a situação igual (eram 6%).

Quaest: 57% desaprovam governo Lula, e 40% aprovam

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