Resistência a papa americano foi vencida por experiência de Leão XIV na América Latina

Papa Leão XIV na quinta-feira, ao aparecer pela primeira vez na sacada da Basílica de São Pedro — Foto: Yara Nardi/File Photo/Reuters

Para minha surpresa, um influente prelado fez uma reflexão que seria profética e que definiria a escolha do papa Leão XIV: antes de ser americano, Prevost é um cardeal essencialmente pastoral vindo do coração da América Latina.

O papa Leão XIV em visita ao santuário de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Genazzano — Foto: Reprodução

O sucessor de Francisco

De alguma forma, o papa Francisco estava preparando o seu sucessor. Lógico que ele não teria como indicar o próximo pontífice, mas Francisco poderia formar e promover prelados com perfil mais próximo do que desejava para a Igreja Católica.

Foi o que ocorreu com o agora papa Leão XIV.

Já com muitos problemas de saúde, Francisco trabalhava opções para sua sucessão. Na reta final, quatro nomes se destacavam como papáveis:

  • os italianos Pietro Parolin, ex-secretário de Estado do Vaticano, e Pierbattista Pizzaballa, que é o patriarca latino de Jerusalém;
  • o francês Jean-Marc Aveline, que é um cardeal de Marselha;
  • e o americano Prevost.

O que foi decisivo para superar a resistência de um papa americano foi a avaliação dos cardeais de que antes de tudo, o papa Leão XIV era um nome universal e da América Latina.

Escolha do nome

Papa explica por que escolheu o nome Leão XIV

O papa Leão XIV explicou que escolheu seu nome papal por seu compromisso com as questões sociais diante dos desafios da nova revolução industrial e da inteligência artificial.

Segundo o papa, o nome reflete seu comprometimento com as causas sociais defendidas por Leão XIII, que durante o século 19, foi um fervoroso defensor dos direitos dos trabalhadores.

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