Troca em ministério não muda status de crise, e Planalto mantém INSS sob intervenção

Por Daniela Lima

Apresentadora do Conexão GloboNews.

Troca em ministério não muda status de crise, e Planalto mantém INSS sob intervenção

Aliado de Lula diz que caberá ao indicado do presidente sanear fraude no órgão.


  • A queda de Carlos Lupi e a troca de guarda no Ministério da Previdência não muda o status da crise causada pela revelação da fraude do INSS.

  • O Palácio do Planalto sabe que a saída do ministro da Previdência, Carlos Lupi, e a ascensão Wolney Queiroz, então nº 2 da pasta, nem de longe resolve o problema.

  • Questionado, um aliado diz que “o importante é que é o presidente do INSS que vai tocar as ações”.

  • Em bom português, a fala mostra que Lula (PT) puxou para o próprio colo a missão de dar uma resposta à crise.

Planalto mantém INSS sob intervenção mesmo com troca na presidência

O Palácio do Planalto sabe que a saída de Lupi e a ascensão Wolney Queiroz (PDT), que era o número dois da pasta, nem de longe resolve o problema.

Wolney já estava no ministério quando a pasta foi alertada pela Controladoria-Geral da União (CGU), pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo próprio INSS de que havia indícios robustos de fraudes em série no órgão.

Questionado sobre o assunto, um aliado de Lula foi direto: “O importante é que é o presidente do INSS que vai tocar as ações. O governo está tomando todas as providências necessárias”.

Em bom português, a fala mostra que Lula puxou para o próprio colo a missão de dar uma resposta à crise. O presidente escolheu o novo presidente do INSS sem consultar Lupi ou Wolney.

O nome foi debatido com os órgãos de controle interno, como a Advocacia-Geral da União e a CGU. Gilberto Waller Júnior, escolhido para a missão, é procurador federal e fez carreira como corregedor do INSS.

Na sexta-feira (2), em reunião com AGU e CGU para tentar traçar um plano de ressarcimento para aposentados e pensionistas lesados, a palavra de ordem do INSS era “velocidade para mostrar capacidade de reação”.

O órgão ainda precisa levantar com acuidade o número de beneficiários lesados e o tamanho do rombo causado nas contas desses brasileiros roubados pelas entidades filiadas ao INSS.

Fraude no INSS: Institutocalcula que 4 milhões de aposentados e pensionistas foram lesados

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